26/02/2010

A HISTÓRIA DE ERNANI

Certa vez, trabalhei em uma pequena empresa de engenharia. Foi la que fiquei conhecendo um rapaz chamado Mauro. Ele era grandalhão e gostava de fazer brincadeiras com os outros, sempre pregando pequenas pecas.
Havia tambem o Ernani, que era um pouco mais velho que o resto do grupo. Sempre quieto, inofensivo, a parte, Ernani costumava comer o seu lanche sozinho, num canto da sala. Ele nao participava das brincadeiras que faziamos apos o almoco, sendo que, ao terminar a refeicao, sempre sentava sozinho debaixo de uma arvore mais distante. Devido a esse seu comportamento, Ernani era o alvo natural das brincadeiras e piadas do grupo. Ora ele encontrava um sapo na marmita, ora um rato morto em seu chapeu. E o que achavamos mais incrível é que ele sempre aceitava aquilo sem ficar bravo.
Em um feriado prolongado, Mauro resolveu ir pescar no Pantanal. Antes, nos prometeu que, se conseguisse sucesso, iria dar um pouco do resultado da pesca para cada um de nos. No seu retorno, ficamos todos muito animados quando vimos que ele havia pescado alguns dourados enormes. Mauro, entretanto, levou-nos para um canto e nos disse que tinha preparado uma boa pesca para aplicar no Ernani. Mauro dividira os dourados, fazendo pacotes com uma boa porção para cada um de nos. Mas, a 'pesca' programada era que ele havia separado os restos dos peixes num pacote maior, a parte. Vai ser muito engracado quando o Ernani desembrulhar esse 'presente' e encontrar espinhas, peles e visceras!, disse-nos Mauro, que ja estava se divertindo com aquilo. Mauro entao distribuiu os pacotes no horario do almoco. Cada um de nos, que ia abrindo o seu pacote contendo uma bela porção de peixe, entao dizia: Obrigado! Mas o maior pacote de todos, ele deixou por ultimo. Era para o Ernani.
Todos nos ja estavamos quase explodindo de vontade de rir, sendo que Mauro exibia um ar especial, de grande satisfacao. Como sempre, Ernani estava sentado sozinho, no lado mais afastado da grande mesa. Mauro entao levou o pacote para perto dele, e todos ficamos na expectativa do que estava para acontecer. Ernani não era o tipo de muitas palavras. Ele falava tao pouco que, muitas vezes, nem se percebia que ele estava por perto. Em tres anos, ele provavelmente nao tinha dito nem cem palavras ao todo. Por isso, o que aconteceu a seguir nos pegou de Ele pegou o pacote firmemente nas mãos e o levantou devagar, com um grande sorriso no rosto. Foi então que notamos que seus olhos estavam brilhando.
Por alguns momentos, o seu pomo de Adão se moveu para cima e para baixo, até ele conseguir controlar sua emoção.
Eu sabia que você não ia se esquecer de mim disse com a voz embargada. Eu sabia, você é grandalhão e gosta de fazer brincadeiras, mas sempre soube que você tem um bom coração. Ele engoliu em seco novamente, e continuou falando, dessa vez para todos nós. Eu sei que não tenho sido muito participativo com vocês, mas nunca foi por má intenção. Sabem... Eu tenho cinco filhos em casa, e uma esposa inválida, que há quatro anos está presa na cama. E estou ciente de que ela nunca mais vai melhorar. Às vezes, quando ela passa mal, eu tenho que ficar a noite inteira acordado, cuidando dela. E a maior parte do meu salário tem sido para os seus médicos e os remédios. As crianças fazem o que podem para ajudar, mas tem sido difícil colocar comida para todos na mesa.
Vocês talvez achem esquisito que eu vá comer o meu almoço sozinho, num canto... Bem, é que eu fico meio envergonhado, porque na maioria das vezes eu não tenho nada para pôr no meu sanduíche. Ou, como hoje, eu tinha somente uma batata na minha marmita.
Mas eu quero que saibam que essa porção de peixe representa, realmente, muito para mim. Provavelmente muito mais do que para qualquer um de vocês, porque hoje à noite os meus filhos...Ele limpou as lágrimas dos olhos com as costas das mãos. Hoje à noite os meus filhos vão ter, realmente, depois de alguns anos...e ele começou a abrir o pacote...
Nós tinhamos estado prestando tanta atenção no Ernani, enquanto ele falava, que nem haviamos notado a reação do Mauro. Mas agora, todos percebemos a sua aflição quando ele saltou e tentou pegar o pacote das mãos do Ernani. Mas era tarde demais. Ernani ja tinha aberto e pacote e estava, agora, examinando cada pedaço de espinha, cada porção de pele e de visceras, levantando cada rabo de peixe.
Era para ter sido tao engracado, mas ninguem riu. Todos nos ficamos olhando para baixo. E a pior parte foi quando Ernani, tentando sorrir, falou a mesma coisa que todos nos haviamos dito anteriormente: Obrigado! Em silêncio, um a um, cada um dos colegas pegou o seu pacote e o colocou na frente do Ernani, porque depois de muitos anos nós havíamos, de repente, entendido quem era realmente o Ernani.
Uma semana depois, a esposa de Ernani faleceu. Cada um de nos, daquele grupo, passou entao a ajudar as cinco criancas. Gracas ao grande espirito de luta que elas possuiam, todas progrediram muito:
Carlinhos, o mais novo, tornou-se um importante medico.
Fernanda, Paula e Luisa montaram o seu proprio e bem-sucedido negocio: elas produzem e vendem doces e salgados para padarias e supermercados.
O mais velho, Ernani Junior, formou-se em Engenharia; sendo que, hoje, e o Diretor Geral da mesma empresa em que eu, Ernani e os nossos colegas trabalhavamos.
Mauro, hoje aposentado, continua fazendo brincadeiras; entretanto, sao de um tipo muito diferente:
ele organizou nove grupos de voluntarios que distribuem brinquedos para criancas hospitalizadas e as entretem com jogos, estorias e outros divertimentos.
As vezes, convivemos por muitos anos com uma pessoa, para so então percebermos que mal a conhecemos. Nunca lhe demos a devida atenção; nao demonstramos qualquer interesse pelas coisas dela; ignoramos suas ansiedades ou seus problemas.
Que possamos manter sempre vivo, em nossas mentes, o ensinamento de Jesus Cristo: “Como Eu vos amei, amai-vos também uns aos outros”. João 13:34
Repasso a história de Ernani, para que vejamos se não somos um pouco como Mauro e seus companheiros. Se formos... por favor, há tempo de mudar sem dor.

(www.profetico.com.br/portal/obras/evangelismo)

19/02/2010

A OUTRA HISTÓRIA DA FORMIGA

Todos os dias uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho
A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão.
Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora.
A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida. Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela
movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial.
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima.
Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação. A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía: Há muita gente nesta empresa!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir? A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida..."

"PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDÉIAS;
PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS;
PESSOAS MEDÍOCRES FALAM SOBRE PESSOAS."

(Noé)

12/02/2010

BILHETINHOS

“Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”, 1 Pe 5.7. Conta-se o caso do zelador de uma igreja que andava deveras intrigado, pois em cada semana encontrava uma folhinha azul de papel pautado, bem dobrada, no canto de um banco de trás. O zelador desdobrou um dos papéis, onde leu, escritas a lápis, palavras assim: “Clara doente...”, “O aluguel...”, “O emprego de Laura...”
Depois dessa descoberta, o zelador começou a esperar pelos papéis, semanalmente, e lá estavam, sempre no mesmo lugar, depois do culto da manhã de cada domingo. Abria-os sempre e pôs-se a observar a pessoa que costumava sentar-se ali, naquele canto do banco. Descobriu que se tratava de uma mulher de meia idade, simples e simpática, despretensiosa. Ela vinha sempre sozinha. O zelador contou o caso ao pastor e mostrou-lhe os bilhetinhos. O pastor leu as palavras enigmáticas e franziu a testa.
No domingo seguinte deu um jeito de encontrar-se com a mulher, à porta da igreja, quando ela ia saindo. Pediu-lhe, delicadamente, que esperasse um momento; mostrou-lhe os bilhetinhos e perguntou, amavelmente, o que significavam. Os olhos da mulher encheram-se de lágrimas. Hesitou um pouco antes de dizer, mansamente: “O senhor pode achar que é bobagem – imagino – mas vi uma placa no meio de outros anúncios, num ônibus, que aconselhava: ‘Leve suas preocupações à igreja e deixe-as lá!’ Minhas preocupações estão escritas nesses pedaços de papel. Escrevo-as durante a semana e trago-as aqui aos domingos de manhã e as deixo. Sinto que Deus está tomando conta delas!” O pastor afirmou com brandura: “Deus está mesmo tomando conta. Por favor, continue a trazer suas preocupações à igreja e deixe-as aqui!" Portanto, para livrar-se das preocupações, entregue-as, pura e simplesmente, nas mãos de Deus e deixe-as lá!

08/02/2010

AÇÃO DE GRAÇAS PELA ENFERMIDADE

O reverendo Amantino Adorno Vassão, em seu livro Mesmo na Tempestade, fala sobre um jovem que se aproximou dele depois de dois anos internado com tuberculose no hospital, em São José dos Campos, para realizar um culto de ação de graças. O pastor, com alegria, disse-lhe:
— Que bom, meu filho, precisamos mesmo agradecer a Deus, e é justo que o façamos por causa da sua cura.
Ao que o jovem retrucou:
— Não pastor, eu quero agradecer a Deus pela minha enfermidade, porque antes de ficar doente eu não era comprometido com Deus, não lia a Bíblia, não orava, não buscava a face do Senhor. Era apenas um freqüentador da igreja. Mas quando fiquei prostrado no leito, comecei a ler a Palavra de Deus, passei a invocar seu santo nome, e o Senhor mudou a minha vida, transformou o meu coração e um glorioso milagre aconteceu em minha história. Por isso, quero oferecer um culto de ações de graças pela minha enfermidade, que me aproximou do Senhor.