22/12/2009

O PRIMEIRO CARTÃO DE NATAL

O primeiro postal de Natal surgiu na Inglaterra, pelas mãos do pintor John Callcott Horsley (1817-1903), em Dezembro de 1843, a pedido de Sir Henry Cole (1808-1882), director do South Kensington Museum (rebaptizado, em 1899, de The Victoria and Albert Museum).
No Natal, Sir Henry escrevia cartas aos seus familiares, amigos e conhecidos, desejando-lhes Boas Festas. Contudo, devido ao seu trabalho, este tinha pouco tempo para escrever tantas cartas. Assim , ele (tal como todas as outras pessoas que escreviam cartas de Boas Festas)
Perante isto, Sir Henry pediu a Horsley para lhe criar um postal com uma única mensagem que pudesse ser duplicada e enviada a todas as pessoas da sua lista.
A primeira edição destes postais foi colorida à mão, nestes podia ver-se uma família a festejar com a legenda "Merry Christmas and a Happy New Hear to You" (Feliz Natal e um Próspero Ano Novo para ti). Estes foram impressos num cartão por Jobbins de Warwick Court, Holborn, Londres, sendo, posteriormente, pintados à mão por um profissional de nome Manson. Estes foram publicados no "Summerly's Home Treasury Office, 12 Old Bond Street, Londres", pelo seu amigo e sócio Joseph Cundall.
Os postais que não foram utilizados por Sir Henry, venderam-se na Summerly's por 1 xelim. Segundo Cundall venderam-se muitos postais, cerca de 1000. Atualmente, só existe por volta de uma dúzia destes postais originais, um desses foi leiloado em 24/11/2004, sendo vendido por £22,500 (foi enviado por Sir Henry Cole para "Granny and Auntie Char"), como estava assinado pelo próprio Sir Henry Cole, este postal é extremamente raro e valioso.
Estes postais ilustravam uma família em festa durante o Natal e brindavam ao seu amigo ausente (ao qual o postal era dirigido) com um copo de vinho tinto. Em cada um dos lados do postal tinha imagens de atos de caridade "vestir os desnudados" e "alimentar os pobres". Contudo, a imagem central da família brindando causou grande controvérsia, sendo alvo de várias críticas já que ver crianças a beber um pouco de vinho era considerado como um fomentar da corrupção moral nas crianças. Perante isto, os postais foram retirados de venda.
Segundo a lenda, no ano seguinte, Sir Henry não usou o método dos postais para fazer os seus votos de Boas Festas aos amigos, mas mesmo assim o hábito de enviar postais de Natal rapidamente se espalhou não só por toda Inglaterra, mas também um pouco por todo o mundo.
(lukafree.blogspot.com)

18/12/2009

QUEM SOU?

Sou a melhor amiga da humanidade. Para o homem que preza a pureza, a pacificação, o pensamento casto, a estabilidade social e longe-vidade – sou uma necessidade. Sou memorada com doces e lembranças – pelas esposas, mães, jovens e pelos mais velhos. Sou adornada com lágrimas amorosas e coroada com mãos e corações queridos. Na mente dos mais conspícuos homens da terra, encontro constante abrigo. Vivo na existência dos jovens e nos sonhos dos velhos. Defendo o homem com simpatia, sem distinguir o rico do pobre. Concedo dádivas que não podem ser compradas com ouro nem tomadas pelos reis. Vou ao encon-tro com os braços estendidos e com cânticos de alegria. Algum dia, em algum lugar e em uma determinada hora, numa época bem próxima ou num futuro remoto, nutrireis o desejo de sentir o contacto de minha mão amiga. Sou a vossa melhor confortadora e amiga. Eu vos chamo. Sou a Igreja! (Anônimo)

11/12/2009

ÂNDROCLES E O LEÃO

(Esta é uma das histórias da infância. Escutei-a pelo rádio, até que a encontrei na Rede mesmo - www.mundodesbravador.com)

Há muitos séculos vivia em Roma um pobre escravo que se chamava Ândrocles. Seu amo era um homem cruel e o tratava tão mal que um dia Ândrocles fugiu.
Ândrocles escondeu-se na selva durante muitos dias. Nada encontrava para comer, entretanto, e ficou tão fraco que pensou que iria morrer. Depois de andar à procura, refugiou-se numa caverna. Deitou-se no chão e adormeceu.
Depois de certo tempo, um grande ruído o despertou. Um leão havia entrado na caverna e rugia alto. Ândrocles ficou petrificado porque achava que a fera o atacaria. Logo se deu conta de que o leão não queria devora-lo e que ele mancava como se tivesse a pata ferida.
Ândrocles perdeu o medo. Pegou a pata ferida para ver o que havia. O leão ficou quieto e encostou a cabeça no ombro de Ândrocles. Parecia estar dizendo: " Eu sei que você vai me ajudar."
O escravo fugitivo ergueu a pata do leão e viu que ali estava encravado um espinho agudo e grande. Pegando a extremidade do espinho, tirou-o com um rápido puxão. O leão ficou aliviado e saltou como um cãozinho, labendo as mãos e os pés de seu novo amigo.
Depois disso, Ândrocles sentiu-se completamente confiante, e quando chegou a noite, ele e o leão dormiram um ao loado do outro. por muito tempo o leão lhe trazia diariamente o alimento, e os dois chegaram a se tão bons amigos que Ândrocles ficou contente por sua nova vida.
Um dia, alguns soldados estavam passando pela selva e encontraram Ândrocles na caverna. Eles sabiam quem era aquele homem e, usando de força, o levaram de volta a Roma. Naquele tempo havia uma lei que dizia que todo escravo que escapasse de seu amo teria que lutar contra um leão faminto. Assim que puseram o leão feroz na jaula e o deixaram sem comer durante certo tempo, fixou-se a data da luta.
Quando chegou o dia, milhares de pessoas ajuntaram-se para ver o combate. Ândrocles estava quase morto de medo, porque podia escutar os rugidos do leão faminto. O escravo agora condenado olhou a multidão, porém não encontrou nenhum gesto de piedade naqueles milhares de rostos.
Entra então na arena o predador. Com um simples salto, aproximou-se do pobre escravo. Ândrocles deu um tremendo grito, mas não foi de medo e sim de alegria, porque o leão era seu velho amigo da caverna.
O público que estava esperando ver o leão despedaçar o escravo ficou em silêncio. Viram Ândrocles abraçar o leão, enquantoo grande felino se abaixava e lambia os pés do escravo. A enorme fera esfregava a cabeça contra o rosto de Ândrocles em carinho. A multidão não entendia nada.
Logo estavam pedindo a Ândrocles que explicasse o que estava ocorrendo. Assim que ele se colocou de pé com seus braços envolvendo o pescoço do leão, contou que ele e a fera haviam vivido juntos numa caverna. "Eu sou um homem", disse, "porém, nunca ninguém me protegeu. Esse leão tem sido bondoso comigo e nos queremos como irmãos."
O povo não queira ser cruel com o pobre escravo. Começaram a compadecer-se dele. "Que o deixem em liberdade para viver!", gritavam, "que o libertem", seguiam gritando.
Assim libertaram Ândrocles, permitiram que ele conservasse a fera como seu amigo. eles viveram juntos em Roma por muito tempo.

04/12/2009

SABÃO QUE NÃO LIMPA

Um pastor e um incrédulo fabricante de sabão caminhavam por uma rua.
Disse o fabricante de sabão:
- Olha, pastor, o Evangelho que o senhor prega não parece ter trazido grandes resultados. Existe ainda muito pecado e há muitos pecadores no mundo.
Por um momento o pastor não lhe deu resposta alguma.
Adiante, os dois passaram por um grupo de crianças sujas que brincavam na lama.
- O sabão, observou o ministro, não tem trazido muitos benefícios ao mundo. Ainda existe muita sujeira e muita gente enlameada...
O fabricante de sabão foi rápido em dar a resposta:
- Exato! O sabão é um produto muito bom, mas tem que ser usado!
- Exatamente, disse o pastor; o mesmo se dá com o Evangelho; ele tem que ser aplicado à vida!
O fabricante de sabão tratou de ir embora.

27/11/2009

A BÍBLIA COZIDA

Talvez com razão, João Huss pode ser considerado como profeta e reformador, sendo também mártir na Boêmia. Através de seu testemunho fervoroso, milhares de pessoas reconheceram o sublime valor da Obra da Redenção consumada por Cristo. Mas a pregação pública do Evangelho, nessa região, não perdurou por muito tempo. João Huss foi queimado vivo, feito mártir dentre muitos cristãos. O sangue vertia a torrentes. Buscava-se Bíblias por toda a parte, com o fim de serem destruídas.
Uma mulher, cujo maior tesouro para ela a sua Bíblia, estava diante do forno para assar pães, quando naquele instante soube que os homens da Inquisição estavam revistando a aldeia, prendendo pessoas, com o fim de encontrarem Bíblias. Apreensiva e resolutamente tomou a sua Bíblia e envolveu-a numa grande porção de massa de pão e colocou-a no forno entre os demais pães. Momentos depois sua casa era invadida e revista, desde o porão (a cave) ao sótão. Não encontrando nada, os inquisidores abandonaram a casa. O pão já estava pronto e a Bíblia reapareceu do forno quente, para a sua grande alegria.
Os descendentes dessa mulher guardaram a Bíblia como uma herança preciosa. O último descendente, um agricultor chamado Schebold, também natural da Boêmia, residente nos Estados Unidos, guardava essa herança familiar com muito carinho e grande apreço.

20/11/2009

A LIÇÃO DO BAMBU CHINÊS

Depois de plantada a semente deste incrível arbusto, não se vê nada, durante cinco anos, pois todo o crescimento é subterrâneo, invisível a olho nu, mas uma maciça e fibrosa estrutura de raiz, que se estende vertical e horizontalmente pela terra está sendo construída. Um escritor americano escreveu:
“Muitas coisas na vida pessoal e profissional são iguais ao bambu chinês”. Você trabalha, investe tempo, faz tudo o que pode para nutrir seu crescimento, e, às vezes não vê nada por semanas, meses, ou anos. Mas, se tiver paciência para continuar trabalhando, persistindo e nutrindo, o seu 5º ano chegará, e, com ele, virão um crescimento e mudanças que você jamais esperava.
O bambu chinês nos ensina que não devemos facilmente desistir de nossos projetos, de sonhos, especialmente em nosso trabalho, (que é sempre um grande projeto em nossas vidas). Devemos lembrar-nos do bambu chinês, para não desistirmos facilmente diante das dificuldades que surgirão. Não adianta crescermos de maneira superficial, mas o melhor, e maior crescimento é a maturidade que ninguém vê, seja na vida secular ou na espiritual, principalmente.
Tenha sempre dois bons hábitos:
Persistência e Paciência, pois você merece alcançar todos os sonhos!!!
É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.
Autor desconhecido, com adaptações de Calebe Ibaldo Moreno (gideões.com.br)

13/11/2009

JOIAS ETERNAS

Um certo rei prometeu recompensar a pessoa que fosse mais útil em seu reino. Cavou um buraco no centro da estrada principal e ali colocou uma caixa contendo algumas jóias de inestimável valor. Escondeu-se o rei ali por perto para ver qual dos seus súditos seria capaz de parar e arredar a grande pedra colocada no caminho pela majestade. Surgiu na estrada o Primeiro Ministro. Seu carro era uma carruagem muito bela, puxada por belos cavalos; mas o Ministro passou de largo. Veio o general dos exércitos reais, mas não parou. Vieram pessoas e mais pessoas; pareciam, todas, mais interessadas em resolver outros problemas que nem davam a mínima importância para a pedra que servia de tropeço a elas mesmas.
O rei começou a desanimar e a cansar. Seus auxiliares o deixavam triste. De repente ele viu um pobre camponês a aproximar-se e a dizer: “Quem sabe o rei passará hoje aqui e isso poderá fazê-lo tropeçar?” Encontrou um galho de árvore que fez de alavanca e tirou para um lado aquela pedra. Parecia ter findado sua obrigação quando notou no buraco uma caixa colocada cuidadosamente. Fez uma expressão de grande admiração, abriu a caixa e deslumbrou-se com as pedras preciosas, reluzentes e coloridas, que ali estavam. Nisto o rei apareceu. O camponês assustou-se com sua presença e temeu. Mas o rei falou: “Meu caro lavrador, sofrido e pobre, essas jóias seriam daquele que primeiro movesse a pedra para eu ver quem eram os que por mim tinham alguma estimação. São suas, pelos seus esforços e principalmente por sua atenção”. A vida eterna é assim! Está ao alcance de todos, mas poucos a encontram.

04/11/2009

SALVO, OBSERVANDO AS FORMIGAS

Muitos anos atrás, na Índia, um professor universitário desejava encontrar satisfação plena para a sua alma cansada. Estudou as religiões existentes, sem conseguir o que queria. Ele, todavia, notava que os cristãos eram alegres, e resolveu descobrir o motivo. Eles lhe explicaram que o motivo da alegria de coração era por terem recebido a mensagem da encarnação de Jesus.
No entanto, ele não creu no que tinha acabado de ouvir. Fora ensinado, segundo a doutrina de sua religião, que o Ser infinito e puro não pode unir-se ao homem, um ser finito e impuro. Ele interrogava: “Como crer que Deus entre no corpo?” E a sua angústia aumentava.
Um dia o professor saiu para meditar e postou-se junto de um formigueiro para observar o trabalho intenso das formigas. Num dado momento sua sombra alterou o trabalho das formiguinhas, que começaram a correr de um lado para outro, atônitas e assustadas. Aquele homem, observando o estrago que tinha feito, condoído em seu coração por prejudicá-las, falou: “Ah, se eu pudesse falar a você o que penso, se me entendessem! Não tenham medo de mim, eu não mato ninguém! Eu amo você e como poderei fazer para que compreendam?”.
Preocupado como estava, continuou pensando: “Se eu pudesse me comunicar com elas! Se eu pudesse me transformar numa delas e andar entre elas, e dizer que eu as respeito e as amo, a fim de lhes dizer que eu não as prejudiquei intencionalmente...”.
Nesse exato momento o seu coração ardeu. Era o Espírito Santo que começava a trabalhar em sua alma sequiosa, fazendo-a compreender todo o mistério da Encarnação do Jesus que os cristãos falavam. Agora ele acabava de fazer uma grande descoberta! “Sei!”, gritou ele, “é Jesus! É Jesus tomando a minha forma humana para me dizer tudo que Ele pensava a meu respeito! Agora eu me torno feliz!” Assim, aquele professor universitário encontrou a grande Salvação.

27/10/2009

O ESPORTE E A ORAÇÃO

Uma certa jovem atleta, praticante de natação e outros esportes, procurou, num certo dia, o pastor de sua igreja e lhe declarou que não sentia nenhum poder especial como resultado da oração. Parecia-lhe que o exercício físico era o de maior valor, pois sentia o corpo forte e disposto; porém, nada lucrava em orar.
“Praticas esporte diariamente, não é verdade?”, perguntou o pastor.
“Seis dias por semana”, disse ela.
“E quanto tempo por dia?”
“Cerca de duas horas”, respondeu.
“E diariamente tomas tempo para orar?”
Um pouco embaraçada a jovem respondeu:
“Nem todos os dias”.
“E quando oras, quanto tempo leva?”
“Varia. Às vezes menos de um minuto. Outras vezes levo quase cinco minutos em oração”.
O pastor prosseguiu:
“Suponhamos que você fosse uma menina fraca, fisicamente, você poderia tornar-se forte fazendo exercícios de um a cinco minutos, de vez em quando?”
Depois de meditar, ela respondeu:
“Compreendo. Um pouco de exercício físico não me daria forças. Com um pouco de oração também não me tornaria espiritualmente forte. Eu precisaria de muito exercício".
O pastor então, deu-lhe conselhos sobre a oração.
Passado algum tempo, a jovem voltou e disse:
“O exercício da oração me trouxe maiores e benéficos resultados, que foram mais rápidos para a alma do que o exercício físico para o corpo”.
Ela então, demonstrou sua gratidão e contentamento.
(Anônimo)

16/10/2009

NUMA ALDEIA VIETNAMITA

Numa aldeia vietnamita, um orfanato dirigido por um grupo de missionários foi atingido por um bombardeio. Os missionários e duas crianças tiveram morte imediata e as restantes ficaram gravemente feridas. Entre elas, uma menina de oito anos, considerada em pior estado. Era necessário buscar ajuda por um rádio e ao fim de algum tempo, um médico e uma enfermeira da Marinha dos EUA chegaram ao local. Teriam que agir rapidamente, senão a menina morreria devido aos traumatismos e a perda de sangue. Era urgente fazer uma transfusão, mas como?
Após alguns testes rápidos, puderam perceber que ninguém ali possuía o tipo de sangue necessário. Reuniram as crianças e entre gesticulações, arranhadas no idioma, tentavam explicar o que estava acontecendo e que precisariam de um voluntário para doar o sangue. Depois de um silêncio sepulcral, viu-se um braço magrinho levantar-se timidamente. Era um menino chamado Heng. Ele foi preparado às pressas ao lado da menina agonizante e espetaram-lhe uma agulha na veia. Ele se mantinha quietinho e com o olhar fixo no teto. Passado algum momento, ele deixou escapar um soluço e tapou o rosto com a mão que estava livre. O médico lhe perguntou se estava doendo e ele negou. Mas não demorou muito a soluçar de novo, contendo as lágrimas. O médico ficou preocupado e voltou a perguntar, e novamente ele negou. Os soluços ocasionais deram lugar a um choro silencioso, mas ininterrupto. Era evidente que alguma coisa estava errada.
Foi então que apareceu uma enfermeira vietnamita vinda de outra aldeia. O médico pediu então que ela procurasse saber o que estava acontecendo com Heng. Com a voz meiga e doce, a enfermeira foi conversando com ele e explicando algumas coisas, e o rostinho do menino foi se aliviando... Minutos depois ele estava novamente tranqüilo. A enfermeira então explicou aos americanos: "Ele pensou que ia morrer, não tinha entendido direito o que vocês disseram e estava achando que ia ter que dar todo o seu sangue para a menina não morrer". O médico se aproximou dele e com a ajuda da enfermeira perguntou: "Mas, Heng, se era assim, porque então você se ofereceu a doar seu sangue? E o menino respondeu com muita simplicidade: "Ela é minha amiga".
(Colaboração enviada por Noé P. Campos - jornal Gazeta Cristã)

09/10/2009

SACOLINHA DE PEDRAS

Certa vez, uma mulher caminhava pela praia numa noite de lua cheia. Pensava desta forma:
- Se tivesse um carro novo, eu seria feliz. Se tivesse uma casa grande, eu seria feliz. Se tivesse um excelente trabalho, eu seria feliz. Se tivesse um bom salário, eu seria feliz. Se tivesse um marido perfeito, eu seria feliz...
Tropeçou então em uma sacolinha cheia de pedras. Ela começou a jogar as pedrinhas uma a uma no mar... Cada vez que atirava uma das pedrinhas, ela dizia:
- Seria feliz se tivesse um carro novo... Assim ela fez, pedrinha por pedrinha, até que ficou somente com uma delas na sacolinha e decidiu guardá-la.
Ao chegar em casa percebeu que aquela pedrinha tratava-se de um diamante muito valioso.
Você imagina quantos diamantes ela jogou ao mar sem parar para pensar? E sem ver o tesouro que havia naquela sacolinha! Ela ficou desesperada, sentiu-se muito infeliz.
Assim são as pessoas. Jogam fora seus preciosos tesouros por estarem esperando e desejando aquilo que elas pensam que pode trazer felicidade e paz. Aquilo que elas acreditam ser perfeito, ou sonhando e desejando o que não têm, sem dar valor ao que tem perto delas. Se olhassem ao redor, parando para observar, perceberiam quão ricas e afortunadas são.
Muito perto de você, está a sua felicidade. Cada pedrinha observada pode ser um diamante valioso. Cada um de nossos dias pode ser considerado um diamante precioso, valioso e insubstituível. Depende de cada um aproveitá-lo ou lançá-lo ao mar do esquecimento para nunca mais recuperá-lo.
E você, onde está jogando suas pedrinhas? Elas podem ser pessoas de sua família: seus filhos, esposo ou esposa, seus amigos, seu humilde trabalho, até mesmo seus sonhos ou sua chamada para a OBRA DE DEUS. Não jogue fora os diamantes que Deus colocou em suas mãos. Você tem um valioso tesouro! "O mundo está nas mãos daqueles que têm coragem de sonhar e correr o risco de viver seus sonhos e seus ideais para honra de nosso Senhor Jesus Cristo".
(Gazeta Cristã, colaboração de Noé P. Campos)

01/10/2009

A ROSA BRANCA

A história passou-se com um evangelista de Londres. Ele comenta: “Uma noite, no fim do verão, eu caminhava ao longo do rio Tâmisa, em direção ao local onde deveria pregar.
Um estranho pressentimento fazia-me andar com lentidão, e detive-me um momento a contemplar a água tranqüila, pensando nos séculos de história e drama de que esse rio havia sido testemunha. Quantos, de entre os milhares que têm passado ao longo desse rio, teriam conhecido a paz com Deus?, disse a mim mesmo.
Dispunha-me a continuar o meu trajeto, quando a minha atenção subitamente foi despertada pelos movimentos de uma jovem que avançava com determinação para a margem do cais em direção da água.
Qualquer coisa na sua atitude deu-me mau pressentimento, e por isso dirigi-me a ela.
“Desculpe”, disse eu tranqüilamente. A jovem deu um sobressalto e olhou assustada em redor de si, como se procurasse fugir. Estava vestida de preto, e o seu rosto apresentava-se terrivelmente pálido. Os olhos, cheios daquela profunda dor das desilusões, impressionavam até mesmo qualquer pessoa habituada a encontrar todos os dias os náufragos da vida nas salas da missão em Londres.
“Queira perdoar que um estranho lhe fale”, acrescentei. “Mas sou um ministro do Evangelho, e vou à sala de reuniões que fica na primeira rua. Vejo que está abatida e perturbada. Não quer acompanhar-me esta noite? Poderá achar descanso Naquele que está pronto a ser seu Amigo”.
Quando articulei a palavra “ministro”, a expressão do seu rosto alterou-se, e ela disse: “Não; não quero ir à sua reunião. Não quero nada com a sua religião. Deixe-me”.
Um pouco depois do meio-dia, a minha hospedeira havia-me oferecido uma linda rosa branca. Embora nunca usasse uma flor na lapela, senti que devia aceitá-la e usá-la. Agora, agindo sob um impulso que não compreendia, tirei a rosa da banda do casaco e ofereci à jovem. Era um gesto estranho, mas eu não ousava desobedecer àquilo que sentia ser a direção do Espírito.
“Quer aceitar esta rosa branca?”, perguntei com bondade. “Talvez uma lembrança, para lhe recordar que há, naquela sala, pessoas amigas que gostariam de ajudá-la, se viesse”.
Ela desviou-se como se eu lhe tivesse batido. As emoções eram evidentes no seu rosto.
“Não! Oh! Não!, disse ofegante. Em seguida estendeu a mão, pegou a rosa, e eu vi que as lágrimas deslizavam pelo seu rosto.
Eu tinha de partir, mas falei-lhe ainda outra vez da reunião e pedi-lhe para vir.
Quando acabava de pregar, vi à retaguarda, em um ângulo da sala, a jovem a quem havia falado no cais. De súbito, ela levantou-se e veio para a frente. Começou a falar, hesitou, depois continuou indiferente aos olhares de curiosidade do auditório.
“Ouvi as exortações em vir a Jesus, e quero vir. Acham que Ele pode salvar uma pecadora como eu?”, perguntou com voz embargada. “Ia acabar comigo esta noite, no rio, porque não podia continuar por mais tempo a vida que tenho vivido há cinco anos. Estava pronta para atirar-me na água quando aquele senhor me falou e me convidou a vir aqui. Recusei indelicadamente. E então ele deu-me esta rosa branca. À primeira vista não a queria. Depois a peguei. Era semelhante à rosa que minha mãe me deu quando abandonei a casa há cinco anos. Era a sua flor preferida. Quando peguei esta rosa, esta noite, ouvi de novo a sua voz quando ela me dizia adeus: Helena, minha filha, deixas a tua pobre mãe contra o seu desejo, para ires para um mundo de pecado. Quando estiveres longe e vires uma rosa branca, lembra-te de que o meu compromisso para contigo na tua partida foi seguir-te com minhas orações pelo seu regresso ao lar. Não cessarei de orar a Deus dia e noite para que tu possas regressar, salva. Esta rosa branca me fez voltar a mim mesma esta noite. Compreendi que devia retomar o caminho aberto por mim. O senhor disse que há Alguém que me ajudaria. Crê que Deus poderá aceitar uma pecadora como eu?”
Não era difícil responder a essa pergunta. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”, Jo 3.16. Li ainda Isaias 1.18 e outros versículos.“
A jovem escutou atentamente, depois desatando em soluços, ajoelhou-se. Quando se levantou era “uma nova criatura em Cristo Jesus”. O seu primeiro desejo foi regressar para casa e ver sua mãe.
Os anos se passaram, mas aquela jovem, assim, arrancada do suicídio, regozija-se em Cristo e é zelosa em dar testemunho do poder de Cristo para salvar os pecadores”.
(De um folheto)

21/09/2009

A SÍNDROME DO SAPO FERVIDO

Uma recente pesquisa científica constatou um curioso comportamento dos sapos. Os estudos biológicos efetuados provaram que quando um sapo é colocado em um recipiente com a mesma água da sua lagoa, permanece estático durante todo o tempo, mesmo que a água seja aquecida. O sapo não reage ao gradual aumento da temperatura e morre quando a água ferve. Por outro lado, ao jogar-se um outro sapo no recipiente já com a água fervendo, ele de imediato, pula para fora, queimado, porém, vivo.
Qual o motivo que o leva a não perceber a mudança do ambiente? Por que ele não reage a essas mudanças? Sobremodo intrigante essa conduta, pois, enquanto permanece escondido em seu ambiente natural, fica despercebido das profundas alterações que estão ocorrendo ao seu redor, alterações essas que o levarão à morte.
Esse estranho procedimento ficou conhecido como a Síndrome do Sapo Fervido. O sapo inexplicavelmente não reage à radical mudança do meio ambiente em que vive. É extraordinariamente espantoso esse comportamento do sapo. Entretanto, observa-se que idêntica postura é tomada por muitos dos humanos que permanecem omissos aos acontecimentos que ocorrem em torno de si.

16/09/2009

MOSTRANDO NOSSAS CORES

“Durante uma viagem turística pela Noruega, há alguns anos, nosso guia nos levou para o norte de Gergen para vermos uma geleira, um vasto rio de brancura plena sob um céu cheio de nuvens escuras. Não havia árvores, a terra quase mal dava para alimentar umas poucas ovelhas que pastavam, e nós tremíamos de frio. Enquanto outras pessoas tiravam fotos da geleira, por acaso olhei para baixo. Ali, nas laterais de um fosso raso, vi um flash de cores. Ele vinha de uma dúzia de pequenas e delicadas florezinhas, menores que a ponta do meu dedo. Elas se curvavam sob o vento gelado e depois se levantavam outra vez, fazendo brilhar suas cores, numa atitude de desafio. Eram minúsculas e não perguntei a ninguém que flores eram aquelas. A não ser por um observador casual, elas provavelmente não seriam notadas durante todo aquele dia, e talvez nunca. Pequenas como eram, levavam beleza àquele espaço enorme e vazio, expressando o que Deus queria que expressassem.
Muitos podem se sentir pequenos e imperceptíveis neste mundo agitado. As flores que damos podem ser encurvadas pela indiferença do mundo. No entanto, podemos mostrar nossas cores, mesmo que ninguém note. O resto fica por conta Dele”. (No Cenáculo)

13/09/2009

O AMOR, A RIQUEZA E O ÊXITO

Uma mulher regava o jardim da sua casa e viu três homens idosos, com muitos anos de experiência, em frente ao seu jardim. Ela não os conhecia e disse-lhes:
- Eu não vos conheço, mas devem ter fome. Por favor, entrem em minha casa para comer algo. Eles perguntaram:
- O homem da casa está?
- Não, respondeu ela, não está.
- Então não podemos entrar, disseram eles.
Ao fim do dia, quando o marido chegou, ela contou-lhe o sucedido.
- Então, diga-lhes que já cheguei e convida-os a entrar. A mulher saiu e convidou os homens a entrar em sua casa.
- Não podemos entrar numa casa os três juntos, explicaram os velhos.
- Por quê? - quis saber ela. Um dos homens apontou para outro dos seus amigos e explicou:
- O seu nome é Riqueza.
Depois apontou para o outro:
- O seu nome é Êxito e eu chamo-me Amor. Agora vai para dentro e decide com o teu marido qual de nós três desejam convidar para a sua casa. A mulher entrou em casa e contou ao seu marido o que eles lhe disseram. O homem ficou muito feliz.
- Que bom! Já que é assim, então convidemos a Riqueza, que entre e encha a nossa casa. A sua esposa não estava de acordo.
- Querido, por que não convidamos o Êxito?
A filha do casal estava escutando na outra sala da casa e veio correndo.
- Não seria melhor convidar o Amor? O nosso lar ficaria então cheio de amor.
- Escutemos o conselho da nossa filha, disse o esposo à sua mulher. Vai lá fora e convida o Amor para que seja nosso hóspede. A esposa saiu e perguntou-lhes:
- Qual de vocês é o Amor? Por favor, entre e seja nosso convidado.
O Amor começou a avançar para a casa. Os outros dois também se levantaram e seguiram-no. Surpreendida, a mulher perguntou à Riqueza e ao Êxito:
- Eu só convidei o Amor, porque vêm vocês também? Os homens responderam juntos:
- Se tivesses convidado a Riqueza ou o Êxito os outros dois permaneceriam cá fora, mas, já que convidaste o Amor, aonde ele vá, nós também vamos com ele. (Contos que Encantam)

09/09/2009

O PREGADOR E O FAZENDEIRO

Certo pregador visitou um fazendeiro para fazer-lhe um convite para o culto evangélico na igreja. “Nunca irei à sua igreja”, disse o fazendeiro. “Por que não?”, quis saber o pregador.
Foi então que o fazendeiro apresentou a seguinte razão: “Eu sei que alguns membros de sua igreja não vivem uma vida melhor que a minha”.
Algum tempo depois o pregador visitou-o novamente, não para convidá-lo para o culto, mas para comprar dele um porco. O pregador escolheu o porco menor e o pior, dos suínos que havia na fazenda. Disse ao fazendeiro: “Quero mostrar este porquinho a todos e dizer de quem comprei”. O fazendeiro protestou: “Isto não é justo! Não vês que tenho porcos melhores que este?” O pregador replicou: “Se é justo em relação à igreja, daquilo que falas dela, então é justo em relação aos porcos”.
Quão injusto é que muitas pessoas julguem a Igreja por um de seus membros mais fracos! (Novas de Alegria)

02/09/2009

QUARENTA MÁRTIRES, QUARENTA COROAS

Da história da Igreja dos primeiros séculos existe um relato que veio impressionar os cristãos ao longo dos tempos. Um grupo de soldados crentes, numa das legiões do Império Romano, foi condenado à morte por sua conversão ao Cristianismo, ora poderosamente difundido e perseguido. Esses soldados foram colocados no meio de um lago congelado, para que morressem. Antes lhes deram a palavra do imperador de que se abandonassem a fé e se arrependessem de terem sido convertidos, poderiam ser libertos, passando antes pelo oficial em serviço.
Naquela noite, porém, o guarda teve uma visão. Ele via anjos pairando sobre os condenados, que iam coroando os que morriam e eram de imediato levados ao Céu. Ele escutou um cântico, como de um grande coral, nos céus, cuja letra dizia: “Quarenta mártires, quarenta coroas”. Num dado momento o guarda notou que um dos cristãos aproximava-se, e logo viu que ele iria demonstrar o seu arrependimento. Chegou-se e renunciou a sua fé diante do oficial, pois estava vendo seus companheiros caírem mortos um por um. O guarda anotou seus dados pessoais. Fixou seu olhar no rosto disforme e infeliz e disse pausadamente: “Louco, se tu tivesses visto o que eu vi nesta noite, tu terias morrido e ganhado tua coroa! Como renunciaste, mostrando-te arrependido, ela ficou e está lá suspensa e será minha! Toma o meu lugar aqui e minhas armas e eu tomarei a tua coroa”.
Aquele guarda romano, desfazendo-se de sua armadura, rumou para junto dos mártires onde acabou morrendo por ter tido um encontro com o Senhor Jesus. Da sua legião terrestre embrenhou-se na legião dos combatentes celestiais e galgou a glória da vida eterna.

28/08/2009

PILOTO: "NÃO CONSIGO! NÃO CONSIGO!"

Diálogo entre pilotos e torre de comando minutos antes do avião, o Airbus A320 da TAM, cair em Congonhas, em 17 de julho de 2007, deixando 199 pessoas mortas.
Os diálogos entre os pilotos do Airbus revelam o desespero dos momentos que antecederam o maior acidente da história da aviação brasileira. Os comandantes sabiam que a aeronave operava apenas com um reverso e que os pilotos não conseguiram desacelerar o avião no momento do pouso.
O gravador pegou os últimos 30 minutos, na parte da aproximação final do vôo. Começou-se a degravação dos últimos 12 minutos antes da colisão, quando foi feito o primeiro contato com a torre de vôo. Os diálogos mostram os pilotos verificando a velocidade do avião.
Às 18h43, o comandante do Airbus avisa que o avião opera apenas com um reverso. "Lembre-se, nós só temos um reverso", alerta ao co-piloto, que responde, "sim, nós só temos o esquerdo". Os minutos finais da gravação mostram que o piloto tentou desacelerar a aeronave. Co-piloto: “Olha isso! Desacelera! Desacelera! Desacelera!”.
De acordo com os registros da caixa-preta, a aeronave aterrissou em velocidade padrão – entre 220 e 240 km/h – e foi desacelerando até sair da pista. Segundo pilotos, em uma aterrissagem normal, um Airbus A320 com o spoiler armado e o procedimento de frenagem normal, a velocidade seria reduzida para algo em torno de 60km/h até o final do segundo terço da pista. 18h48m35 - Piloto: Não consigo! Não consigo!
Logo depois, a situação fica ainda mais dramática na cabine do avião. Ouve-se os pilotos gritarem "Acelera! Vira, vira, vira! Pára... Vira, vira...".
Pilotos afirmam que neste momento, os pilotos teriam tentado um cavalo de pau para evitar que o avião saísse da pista para fora do aeroporto. Há também explicações de que com a assimetria entre uma turbina que empurrava o avião para frente e a outra para trás pôs o Airbus na grama e foi tentada uma manobra para voltar ao asfalto.
Em seguida, ouve-se um som de batida e a torre lamenta o acidente. As gravações da caixa-preta de voz do Airbus da TAM também registram gritos e estrondos no momento da batida do avião contra o prédio da TAM Express, na Avenida Washington Luis, São Paulo.
A Brevidade da Vida
Embora lamentando a morte de quase 200 pessoas nesse trágico acidente, não podemos esquecer do que a Bíblia Sagrada nos ensina:
1) Que a vida é breve nesta terra. Veja com que é comparada: à presa da águia, Jó 9.26. Erva, 1Pe 1.24. Neblina, Tg 4.14. Peregrinação, Gn 47.9. Sombra, Jó 14.2; Ec 6.12. Sono, Sl 90.5. Vapor, Tg 4.14.
2) Que a vida foi dada por Deus. Sem Deus podemos nos perder. Que precisamos de certeza de vida eterna. Precisamos ser fiéis a Deus até à morte e receber a coroa da vida, Ap 2.10. Nos conservarmos no amor de Deus esperando a misericórdia para a vida eterna, Jd 1.21. Deus nos fez uma promessa: a vida eterna, 1Jo 2.25, dada, por Jesus Cristo, aos que crerem, 1Jo 5.11. Jesus Cristo é a maior expressão da vida eterna, pois quem tem o Filho de Deus tem a vida, 1Jo 5.12.

23/08/2009

PONCE DE LEON E A FONTE DA VIDA

O explorador espanhol Ponce de Leon, viajava pela América do Norte, certa feita, à procura da fonte da vida. Tanto andou, descobrindo cenários de rara beleza, não conseguindo, porém, encontrar a tal fonte. O tempo passou, Ponce de Leon morreu e foi sepultado no vale do rio Mississipi.
Sua vida ficou marcada pela esperança de encontrar a fonte da vida, ainda que tivesse achado em Atlanta uma fonte que pensou ser a que procurava.
Pelo esforço humano jamais conseguiria descobrir tal fonte, porque a verdadeira fonte de águas da vida é Jesus Cristo. Uma certa mulher tirava água de um poço e Jesus lhe disse: “Qualquer que beber desta água tornará a ter sede, mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (João 4.13,14). Não façamos o que Ponce de Leon tentou fazer, mas o que a mulher fez: “Senhor, dá-me dessa água” (verso 15). Jesus é a Fonte da vida eterna! “Ó, vós todos os que tendes sede, vinde às águas” (Isaias 55.1).

19/08/2009

VENTOS QUE FORÇAM

A experiência do Pastor Carlos Paiva, Presidente da Missão Evangélica Betânia e editor da conhecida revista Mensagem da Cruz ilustra muito bem como se dá o aumento da nossa fé quando passamos por tempestades.
Tendo ele plantado uma árvore, no Estado do Rio Grande do Sul, onde as temperaturas são menores no inverno que no restante do Brasil, ele a protegeu do forte vento Minuano, muito conhecido dos gaúchos, erguendo uma pequena cerca de madeira ao redor.
Esperou o crescimento da planta, mas ficou desapontado, já que o crescimento não acontecia. Finalmente, cansou da espera e tirou a cerca de proteção. Logo em seguida a planta deu sinais de vida, pois o vento a forçava a fincar as raízes mais firmemente no solo, conseguindo assim a nutrição de que precisava para crescer.
Assim os ventos também nos forçam a fincar as raízes da nossa fé no Senhor para alcançarmos o crescimento desejado. Deus nos leva para a tempestade com a finalidade de aumentar a nossa fé. O aumento da nossa fé pode se dar em quatro situações: quando a fé é alimentada, quando a fé é acionada, quando a fé é provada, e quando a fé é premiada com a Sua resposta.
Infelizmente, nem sempre alimentamos a fé como deveríamos, e nem sempre a acionamos. Por isso Deus a põe à prova, pois "a prova da sua fé produz perseverança. E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma" (Tiago 1.3,4 - NVI).
Pedro acrescenta: "Assim acontece [a provação] para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína e resultará em louvor, glória e honra, quando Jesus Cristo for revelado" (1 Pedro 1.7 - NVI).
Assim como os músculos crescem quando forçados contra resistência, nossa fé cresce quando lutamos para vencer as provações. (MDC).
Quando a dificuldade vem, não murmuremos.
Aceitemos com gestos de louvor e gratidão a forma como Deus nos molda, para crescermos em graça e conhecimento.

13/08/2009

O MENINO ALEX E A POLÍCIA

Alex esperava o trem. Tinha uma missão difícil para cumprir: levar Bíblias a uma cidade, onde a Palavra de Deus era totalmente proibida. Temeroso, embarcou no trem e colocou a mala no bagageiro. De repente, teve um pensamento como se Deus estivesse falando com ele: “Desça do trem na próxima estação!” Ele pensou: “Por que descer agora?” Ele tinha certeza de que devia obedecer àquela ordem. Então desceu do trem e começou a andar.
Repentinamente um carro surgiu e Alex fez sinal de carona. O carro parou. Para seu espanto, era o carro da polícia, mas disfarçou seu medo. “Para onde você vai, jovem?” – “Eu estou indo para a próxima cidade”. – “Entre rápido, estamos com pressa!”.
Alex sentou no banco de trás apertando bem sua mala. Os policiais conversavam. Alex escutava, agradecido por não fazerem perguntas para ele. Um deles disse: “Acelera ou não iremos chegar a tempo de alcançar o trem”, - “Tens razão. Eu não quero perder a oportunidade de ver a cara daquele jovem quando for preso com a mala cheia de Bíblias”. Sem olhar para trás, o motorista perguntou: “Aqui estamos. Onde você quer ficar?” – “No próximo semáforo, por favor”.
Alex desceu, observou o carro desaparecer, e agradeceu ao Senhor pelo maravilhoso livramento. (Boa Semente)
Tem momentos da vida que nós, seres humanos, nos encontramos em situações muito delicadas, sem chance de livramento, sem saída alguma. Observamos que o próprio Deus nos leva por esses caminhos difíceis de entender, mas também descobrimos que Ele comanda todas as situações. Ele nos abre nossos olhos para vermos quão impossível é a nossa situação, e espera que tenhamos total confiança Nele. Não desfaleçamos, continuemos a confiar!

07/08/2009

PODER DA LÍNGUA

Esopo era um escravo inteligente e filósofo que servia como cozinheiro na casa de um homem rico. Mas tarde Esopo tornou-se o grande fabulista que a História registra. Quando servia ao patrão, êste ordenou-lhe que fôsse ao mercado e comprasse a melhor iguaria que encontrasse. Ao mesmo tempo o patrão ordenou que a preparasse para serví-Ia em um jantar aos convidados importantes. Esopo foi ao mercado e comprou línguas de vaca, de porco, de carneiro e de cabra. Preparou as línguas de várias maneiras: ensopadas, fritas, assadas e cozidas. Os convidados saborearam a sopa de línguas, elogiaram o bom gosto do cozinheiro, enquanto aguardavam os outros pratos. Vinham porém pratos e mais pratos de línguas. Enfurecido, o patrão chamou-o e, encolerizado, disse: "Não te disse que preparasses as melhores iguarias que hovesse no mercado? Como é que me apresentas línguas, só línguas?" "Pois foi exatamente o que fiz", respondeu Esopo. "A língua é indispensável em qualquer momento. Sem ela o patrão não poderia fazer negócios, não ganharia dinheiro, não faria discursos para os seus convidados, não falaria a seus pais. Sem a língua não se ouviriam as doces canções, nem se poderia comer". "Está bem, aceito a tua explicação. Entretanto amanhã comprarás o que existir de pior, pois foi isso que prometi aos meus convidados". No dia seguinte Esopo foi ao mercado e comprou línguas de vaca, de porco, de carneiro e de cabra. Quando os convidados provaram a sopa de língua, estranharam que se estivesse repetindo o prato do dia anterior. "Que fizeste, Esopo perverso?", gritou o patrão. "Queres me humilhar ante os meus convidados?". "Não, patrão ...". "Não tens desculpa; ontem pedi-te a melhor iguaria que houvesse no mercado e comprastes línguas. Hoje pedi a pior e compraste línguas". "Perdão, patrão, mas comprei o pior que havia. Acaso a língua não é uma arma perversa que semeia discórdias? A língua não é um membro capaz de desfazer as mais sólidas amizades? Não serve ela para caluniar o próximo? Não é ela que declara guerras?". O patrão de Esopo compreendeu que o cozinheiro filósofo queria ensinar a ele e aos seus convidados que a língua tanto pode ser instrumento de paz, como instrumento de guerra, de bênção ou de maldição. A Bíblia declara que a língua é: "como um mundo de iniqüidade... e é inflamada pelo inferno". Guarda pois a tua língua de falar enganosamente. (revista Lições Bíblicas para crianças, anos 50)

03/08/2009

NUM CAMPO DE PRISIONEIROS

Aconteceu no campo de prisioneiros de Chungkai. Em determinada noite, depois de um dia de trabalhos forçados, um guarda japonês anunciou que uma pá havia desaparecido. O oficial mandou que os soldados aliados formassem filas, insistindo que alguém tivesse roubado a ferramenta. Gritando com péssimo inglês, ele exigiu que o culpado desse uma passo à frente. Em seguida, pegou o rifle e assumiu posição de tiro, pronto para matar um prisioneiro de cada vez até que alguém confessasse o roubo.
Um soldado escocês saiu da fila, assumiu posição de sentido e declarou: "Fui eu que roubei". O oficial descarregou sua raiva e espancou o homem até à morte. Quando o guarda ficou exausto de tanto bater, os prisioneiros pegaram o corpo do soldado morto, suas ferramentas e voltaram ao campo. Só então as pás foram recontadas. O soldado japonês havia cometido um erro. Ninguém havia roubado pá alguma.
Quem faz uma coisa assim? Que tipo de pessoa seria capaz de assumir a culpa por algo que não fez?
Jesus fez isso e continua a fazer..." (Max Lucado - Livro: Gente como a gente)
(foto: cemitério de Chungkai, Tailândia)
- Colaboração da Eliana.

02/08/2009

OS SINOS NÃO DOBRARAM

O juiz de uma antiga província americana decretou a sentença de morte para um dos seus cidadãos, julgado culpado por determinado crime. A execução foi marcada para quando os sinos da igreja local retinissem, anunciando às 6 horas da tarde.
Tudo já estava preparado. O cadafalso pronto, erguido bem na praça pública, de fronte à própria igreja, de cujos sinos as autoridades aguardavam o repicar, a fim de verem executada a sentença. O condenado, emudecido, sem nenhuma esperança de continuar com vida, humilhado, permanecia passivo, esperando a morte.
Ele não se conformava com aquela execução, uma vez que a julgava injusta e desproporcional ao próprio crime.
Ademais, temia não só pelo fato de ter que deixar a esposa e filhos a quem amava, mas também pelo futuro deles, cujo destino ninguém poderia prever. Que seria dos seus filhos sem os cuidados e a proteção do pai? Que seria da esposa, num mundo hostil, e ainda sem nenhum meio de subsistência? Tudo era assustador.
Na medida em que se aproximava das 18 horas, mais aumentava o medo e a tensão. O tempo corria implacavelmente. Logo os temíveis e sinistros sinos da matriz soariam, anunciando o fim. Verificou-se, no entanto, que embora os relógios já estivessem marcando 6 horas da tarde, os tais sinos não tocavam. Esperaram ainda alguns minutos, e nada.
Afinal, a mando das autoridades, o carrasco foi verificar por que os sinos permaneciam mudos. Chegando no campanário, observou que o homem encarregado de puxar as cordas dos badalos estava trabalhando normalmente, puxando as ditas cordas com toda a força, porém, os sinos não repicavam.
Por fim, subindo ele à torre, até junto dos sinos, qual não foi a sua surpresa ao verificar que lá se encontrava a esposa do condenado, que, desesperada para salvar o marido, estava agarrada ao pesado badalo de um dos sinos, e com a corda do outro, enrolada em seu próprio corpo. Suas mãos, já ensangüentadas, ficaram maceradas pelas batidas do badalo. Assim, ferindo-se voluntariamente, impedindo que os sinos repicassem, aquela mulher fez um grande sacrifício, com a única intenção de salvar o marido.
Tão logo soube dos fatos, bem assim comovido pela demonstração de amor daquela esposa, o governador resolveu conceder o perdão e dar a liberdade para o apenado. Ainda abalada, porém, solidária com a decisão do governador, a multidão que aguardava ansiosa por uma execução em praça pública, agora, saindo às ruas, comemorava o amor que tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Com efeito, contundindo-se passivamente, num ato de automortificação, bem como demonstrando um grande amor, aquela mulher acabava de promover um grande bem por aquele a quem ela dedicava a sua vida. Na verdade, um condenado foi salvo da execução, porque por ele os sinos não dobraram.
Sem dúvida, nós também admiramos o grande amor daquela mulher para com seu esposo. Contudo, esse amor não foi tão grande quanto o amor de Jesus por nós. Ele foi transpassado com pregos pelas mãos e pés, encravados num rude madeiro, a fim de dar a sua vida por nós. Atingido impiedosamente por diversas espécies de ferimentos físicos, ele foi moído, dilacerado, perfurado, cortado e quebrantado. "O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". Is 53.5.
Embora, sendo ele o Filho de Deus, diante do qual até os anjos se curvam, ele deixou a sua glória e "... a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai". Fp 2.6-11.
(Extraído do livro: Casos e contos que edificam a alma, da editora Reviva).

30/07/2009

MARIPOSA-IMPERIAL

Há um fato curioso a respeito da mariposa imperial: ela sai do casulo por uma abertura que nos parece pequena demais para o seu corpo. É interessante. Não deixa vestígio de sua passagem: um casulo vazio é tão perfeito como um casulo ocupado. Vim, a saber, que segundo se supõe, a exígua abertura desse casulo é uma provisão da natureza para forçar a circulação dos humores nas asas da mariposa, asas que ao tempo da eclosão são menores que as de outros insetos congêneres.
Certa vez guardei por bom tempo um desses casulos, que têm interessante forma cilíndrica. Estava ocupado. Eu anelava por ver chegar o dia da saída do inseto. Finalmente o dia esperado chegou: e lá fiquei eu uma manhã inteira. Interrompendo a todo o momento o meu serviço, para observar a trabalhosa saída da mariposa.
Mas, no meu entender, aquela saída estava trabalhosa demais! Pensei que talvez fosse por ter o casulo ficado tanto tempo fora de seu habitat, quem sabe se em condições desfavoráveis. Podia ser que suas fibras se tivessem ressecado ou enrijecido. E agora o pobre inseto não teria condições de sair dali.
Depois de muito pensar, arvorando-me em mais sábio e compassivo que seu Criador, resolvi dar-lhe uma pequena ajuda. Tomei uma tesoura e dei um pique no fiozinho que lhe embaraçava a saída. Pronto! Sem mais dificuldade, lá saiu a minha mariposa, arrastando um corpo intumescido. Fiquei atento e curioso para ver a expansão de suas asas encolhidas, o que é um espetáculo admirável aos olhos do observador. Olhava curiosamente aqueles minúsculos pontos coloridos, ansioso por vê-las dilatarem-se, formando os desenhos que fazem da mariposa imperial a mais bela de sua espécie. Mas, nada... E o fenômeno nunca se deu!
Em minha pressa de ver o inseto em liberdade, eu havia, sem o saber, impedido que se completasse o laborioso processo que estimularia a circulação nos minúsculos vasos de suas asas! E a minha mariposa, criada para voar livremente pelos ares, atravessou sua curta existência arrastando um corpo disforme, com asas atrofiadas.
Muitas e muitas vezes tenho-me lembrado desta mariposa quando observo, com olhos compassivos, pessoas que se estão debatendo em meio a sofrimento, angústias e dores. Eu de bom grado lhes cortaria a disciplina e daria liberdade. Homem sem visão! Qual dessas dores poderia sem dano ser poupada? A perfeita visão, o perfeito amor, que deseja a perfeição de seu objeto, não recua por uma fraqueza sentimental diante do sofrimento presente e transitório. O amor de nosso Pai é muito verdadeiro para fraquejar. Porque Ele ama a Seus filhos. Ele os corrige, a fim de fazê-las participantes da Sua santidade. Com este glorioso fim em vista, Ele não nos poupa o pranto. Aperfeiçoados através do sofrimento, como seu Irmão mais velho, os filhos de Deus são exercitados na obediência e trazidos à glória, através de muita tribulação. (Mananciais no Deserto-Betânia)

24/07/2009

TRIGO MILAGROSO

A colheita fora muito boa. O bom tempo ajudara o labor dos dois irmãos. Um, casado, vivia com a família numa boa casa. O outro, solteiro, tinha sua pequena casa ali ao lado.
A divisão da abençoada colheita obedeceu à regra do meio-a-meio; em partes iguais. Cada um recolheu sua metade no seu celeiro.
Alegres, despediram-se para o repouso da noite. O travesseiro, enquanto o sono não chega, abre possibilidade à meditação, como que dialogando conosco. E o nosso irmão solteiro pensou: "Meu irmão é casado, tem dois filhos, a esposa... Naturalmente sua necessidade é maior que a minha...".
Levantou-se, foi ao celeiro, encheu um saco de trigo e, sorrateiramente, foi despejá-lo no monte de trigo do irmão. Sentia-se alegre.
O casado, mal o casal se deitou, conversou com a esposa e ambos concluíram que o solteiro havia trabalhado mais, livre que estava de compromissos caseiros e familiares e, mais ainda, precisava preparar-se para formar família. Logo o esposo deixou o leito, ia ao celeiro, enchia um saco de trigo e despejava no monte de trigo do irmão. Isto deixou o casal mais feliz.
Por várias noites o gesto foi repetido. Cada um se sentia bem pelo fato de seu monte não diminuir. Montes milagrosos? Ou seria o trigo que crescia?
Uma noite veio o encontro: os horários coincidiram. A meio caminho, ambos com o saco de trigo às costas, deram de frente um com o outro.
Abraçaram-se. Reuniram os montes de trigo num monte só.
E assim, o fato deixou uma valiosa lição: O amor fraternal ainda é capaz de maravilhosos milagres.
(Amantino Adorno Vassão – Mensagem da Cruz)

21/07/2009

PASTEUR E A BÍBLIA

Fato ocorrido em 1892
Um senhor de 70 anos viajava de trem tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências. O senhor, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia, e estava aberta no livro de Marcos. Sem muita cerimônia o jovem interrompeu a leitura do velho e perguntou:
- O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
- Sim. Mas não é um livro de crendices é a Palavra de Deus. Estou errado?
- Claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história geral. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda crêem que Deus criou o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os cientistas dizem sobre isso.
- É mesmo? E o que dizem os cientistas sobre a Bíblia?
- Bem, respondeu o universitário, vou descer na próxima estação, mas deixe o seu cartão que eu lhe enviarei o material pelo correio.
O velho então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó, e deu o cartão ao universitário. Quando o jovem leu o que estava escrito saiu cabisbaixo se sentindo pior que uma ameba. O cartão dizia:
"Louis Pasteur, Diretor do Instituto de Pesquisas Científicas da École Normale de Paris".

RETORNANDO

Voltemos à nossa jornada, após problemas com a Rede, aqui no sul do Brasil!

10/07/2009

UMA CARTA DE AMOR

Uma certa princesa, no dia do seu aniversário, ganhou de seu noivo um pacote em forma de uma bola. Ela abriu-o e assustou-se. Era um enorme projétil de canhão! Desapontada e zangada atirou a bala preta num canto do quarto. Nessa altura, mediante o impacto, rompe-se a camada externa e aparece um volume arredondado todo de prata. Sem hesitar ela o ajunta e nisto o envoltório rompe-se e se desprende. Surpreendida, depara-se com um envelope de ouro. Sem demorar-se ela o abre e eis uma outra surpresa: sobre um veludo preto, um anel reluzente cravejado de diamantes, de grande valor. Em anexo seguia uma breve dedicatória: Por amor a você!
Muitos pensam assim: a Bíblia não lhes agrada. Um livro de capa preta, com letras miúdas e dizeres incompreensíveis. Todavia, quem nele penetrar, descobrirá belezas de eterno valor e achará, por fim, a maior mensagem da graça divina: que Deus o ama.

03/07/2009

PERIGO NO CÁLICE DE OURO

Na antigüidade, uma das formas mais comuns de livrar-se de um inimigo político era o envenenamento, especialmente com arsênico. No entanto, talvez por acaso, alguém descobriu que, quando o arsênico era colocado em um cálice feito de uma liga de ouro, o cálice emitia sons como o de uma serpente sibilante e formava um pequeno arco-íris. Não há nada de mágico nesse fato. A ciência explica que isso é o resultado da reação química entre o arsênico e algumas impurezas na liga do ouro.
Podemos extrair uma boa aplicação espiritual disso. Na Bíblia, o ouro representa a natureza de Deus, da qual nos tornamos co-participantes pela regeneração, 2 Pe 1.4. Essa natureza divina em nós é sensível a qualquer sinal de morte – se temos contato com qualquer coisa que possa nos trazer morte espiritual - imediatamente a natureza de Deus em nós dará aviso. Nenhum cristão jamais poderá dizer que Deus não o avisou do perigo. Precisamos, sim, é desenvolver nossa submissão aos avisos de Deus. Desse modo, nosso viver manifestará a natureza de ouro de Deus.

30/06/2009

O SOLDADO FERIDO

Um soldado na guerra foi atingido por uma granada. Sente que vai morrer e manda chamar alguém que lhe mostre o Caminho da Salvação. Ninguém possuía uma mensagem de última hora, até que o enviado encontrou alguém que estava manejando um canhão. “Um soldado está morrendo e quer que alguém lhe aponte o Caminho da Salvação”. O que estava trabalhando no canhão tirou um Novo Testamento do bolso. Abriu em Jo 3.16 e disse: “Leia este texto para ele”. O soldado enviado voltou e leu para o soldado ferido: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira..., para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna”. “Todo aquele que nele crê? Repita!”. “Para todo aquele que nele crê...”. “Ah, sim!, para que TODO aquele que nele crê! Já entendi tudo; podes ir”. E o soldado ferido partiu para todo o sempre, na presença do Senhor.

25/06/2009

A CHAMA DA ALMA

Era uma vez um rei, que apesar de ser muito rico, era um homem simples; completamente desapegado de sua riqueza e extremamente querido de seu povo.
Um dia, quando um de seus súditos perguntou-lhe como ele conseguia conciliar tanta riqueza com tamanha simplicidade, ele ordenou aos seus soldados: "Levem este homem aos meus depósitos reais. Dê-lhe uma lamparina acesa e deixe-o olhar e até tocar todo o meu tesouro, para que ele possa avaliá-lo para mim; porém, se ele deixar a lamparina se apagar, dê-lhe dez fortes chibatadas.
Duas horas depois o homem voltou à presença do rei com a lamparina ainda acesa, e o rei lhe perguntou: "Então, quanto vale o meu tesouro?". "Senhor, eu estava tão preocupado em não deixar a lamparina se apagar que nem consegui avaliar direito o seu tesouro; desculpe-me, senhor", respondeu o homem. "Este é o meu segredo", confidenciou-lhe o rei, "fico tão ocupado em manter acesa a chama da minha alma que nem reparo direito nestas coisas".

22/06/2009

A CRISE É MUITO SÉRIA!

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio, e por deficiência de vista não podia ler jornais, mas em compensação vendia bons cachorros-quentes. Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, ficou por ali, gritando, quando alguém passava: “Olha o cachorro-quente especial!”.
E as pessoas compravam. Com isso aumentou os pedidos de pão e salsichas e acabou construindo uma boa mercearia. Então mandou buscar o filho, que estudava na universidade, para ajudá-lo a tocar o negócio, e alguma coisa aconteceu. O filho veio e disse: “Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima! Diante disso, o pai pensou: “Meu filho estudou na universidade, ouve rádio e lê jornais, portanto, deve saber o que está dizendo!” Então reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando sua mercadoria. As vendas caíram do dia para a noite, e ele disse ao filho, convencido: “Você tinha razão, meu filho, a crise é muita séria”.
(de um panfleto encontrado no chão)

19/06/2009

UM CASO INSPIRADOR

Melville Cox, missionário que trabalhou na África, pouco pôde fazer diretamente em favor desse país. Quatro meses depois de sua chegada ao campo missionário, morreu com 33 anos de idade. Mas uma carta endereçada a um amigo da Universidade Wesleyana, dizia assim: “Se eu morrer na África, venha escrever o meu epitáfio". O amigo respondeu: “Eu irei; o que é que devo escrever no seu túmulo?” A resposta foi esta: “Ainda que milhares pereçam, não desista de evangelizar a África”. Essa frase, iluminada pelo sacrifício, transformou-se em apelo permanente para a evangelização”. As bênçãos da consagração ao trabalho de Deus, são, de fato, incomensuráveis. As almas consagradas nunca podem ver na sua totalidade os benefícios que espalham entre os homens.

16/06/2009

CERTAMENTE ELE VOLTARÁ

Quando o missionário e ilustre pregador David Livingstone, explorador da África desconhecida, tinha acabado de percorrer o gigantesco continente pela segunda vez, suas condições financeiras tinham chegado ao fim. Era necessário voltar o quanto antes ao seu país, a longínqua Inglaterra, a fim de conseguir recursos para pagar seus fiéis carregadores e levá-los à sua terra. Com o seu último dinheiro, Livingstone conseguiu persuadir um cacique para cuidar desses homens até que voltasse. Porém, quando mal partiu o iminente inglês, começou o escárnio dos nativos do rio Zambesi: “Ele não voltará! Por acaso, já ouviram falar que um homem branco cumprisse com a sua promessa?” Os homens responderam: “Vocês não conhecem o nosso pai. Certamente ele voltará!” Meses e meses se passaram, chegando a quase dois anos. A zombaria dos moradores tornou-se quase insuportável. No entanto, os carregadores sempre diziam: “Ele voltará; temos certeza!”
Eis que num belo dia ouviu-se um barulho estranho vindo do rio. Todos correram às margens do Zambesi. Lá estava um vulto estranho na face das águas - um barco a vapor que sulcava o rio africano. Nessa embarcação estava ninguém mais ninguém menos que o próprio Livingstone. Os trezentos homens romperam em grandes gritos de júbilo e lançaram-se à água para irem ao encontro dele, bradando: “Nosso pai! Nosso pai!”.
Que lição é esta para nós? Cremos que o Filho de nosso Pai Celeste também há de voltar.

MÃOS EM PRECE

O autor do conhecido quadro que representa duas mãos postas em prece chama-se Albrecht Düerer (1471-1528), um dos maiores artistas da Idade Média e Renascença.
Albrecht tinha um grande amigo, pobre como ele, com quem fez pacto de honra, para que ambos estudassem pintura. Um trabalharia, enquanto outro iria lidar com a palheta e os pincéis. Por insistência, Albrecht foi o primeiro a estudar. Findo o estudo, Düerer pôde custear as despesas do amigo. Este notou que os anos e o trabalho árduo lhe tinham roubado a destreza.
Certo dia, desanimado, ergueu as mãos em prece, orando a favor da carreira do amigo. Foi quando Albrecht, aproximando-se ouviu a voz do amigo que se encontrava ajoelhado com as mãos erguidas. Profundamente comovido firmou naquela hora a seguinte resolução: “Jamais poderei devolver a essas mãos a agilidade que perderam; posso, porém, demonstrar ao mundo a gratidão que sinto pelo meu amigo. Pintarei essas mãos tais como as vejo agora; poderá ser que ao vê-las os homens apreciem o que elas fizeram por mim”.
A obra ficou famosa pelos séculos seguintes.

AS AVENTURAS DE UMA BÍBLIA

Certa ocasião uma jovem viúva olhava pela janela de sua casa. Ela residia próxima a uma importante praça da cidade de Dublin. A sala estava elegantemente mobiliada, tudo respirava conforto e até opulência, porém aquela mulher parecia ser infeliz.
A senhora Blake era uma católica romana fervorosa, que praticava o seu credo conscientemente, mas, nos últimos tempos sentia-se pesarosa de espírito por ter praticado muitas coisas hediondas na vida. As práticas religiosas, penitências, orações, nada lhe traziam qualquer satisfação. Não podia livrar-se do pesado fardo.
Ela havia contado sua mágoa ao seu confessor. Seguindo as suas ordens, encarregara-se de praticar várias obras de caridade; porém, embora parecendo ser interessante, a sensação pecaminosa pesava mais e mais em sua alma. O confessor era um padre muito jovem, agradável e atraente. Ele deu-lhe plena absolvição dos pecados, todavia não trouxe nenhuma consolação.
Um dia, estando ela meditando, bateram à porta. Antes que tivesse tempo de conciliar os pensamentos, o padre entrou na sala. “Que poderei fazer para levantar o seu espírito e remover essa triste expressão do seu rosto?”. “O senhor é tão amável e tem feito tudo o que está ao seu alcance, porém o peso de que lhe falei continua oprimindo a minha alma”. “Escute”, disse ele, “já resolvi o que deves fazer. Há um homem que vem a Rotunda amanhã e que é capaz de lhe fazer sorrir e torná-la feliz. Vá ouvi-lo”. “Senhor padre!...” “Não! Nenhuma palavra! Não admito desculpa. Ordeno-lhe que vá; tem mesmo que ir”.
O padre explicou que um famoso ator cômico, bem conhecido naquela época, ia apresentar-se a um público elegante e que, em sua opinião, isso seria a melhor coisa para ela. Não valia a pena protestar. Ela não poderia desobedecer ao seu conselheiro espiritual. Ele já estava lhe trazendo uma entrada gratuita para o espetáculo. E assim, na tarde do outro dia, a senhora Blake dirigiu-se ao local indicado, onde grandes cartazes anunciavam o espetáculo. Ela tinha que ir; fora-lhe ordenado que fosse.
A Rotunda, como todos os cidadãos de Dublin sabem, tem sob o seu telhado mais de um salão público. Ali há um grande coliseu, o salão das colunas e mais uma ou duas salas. Além disso, também há diferentes entradas. O que aconteceu foi que a senhora Blake se enganou na entrada para o espetáculo. Em vez de seguir a multidão que adentrava para um determinado recinto, ela notou uma pequena fila de pessoas dirigindo para um outro lugar. Seguiu-a e encontrou-se num dos salões menores, e ali esperou.
Estranhou que ninguém lhe pedisse a entrada. Pensou que mais tarde poderia retificar esse fato. Não teve muito tempo que pensar, pois logo levantou-se um cavalheiro que apareceu anunciando um hino e de repente ela lembrou-se que havia cometido um lamentável erro, entrando pela porta errada. Na verdade, o que se realizava ali era um culto protestante. Por ser muito tímida e sensível, sair daquele lugar, à vista de toda aquela gente, se tornou numa impossibilidade. Que fazer? Resolveu retirar-se no fim do hino, sem que chamasse a atenção das pessoas.
Foi o que ela tentou fazer. Em sua preocupação de sair o mais depressa possível, seu guarda-chuva cai ruidosamente de tal forma que muitas pessoas se viraram para trás para ver o que tinha acontecido. Aterrorizada com o incidente, deixou-se cair numa cadeira e quase desejou sumir pelo chão adentro.Seguiu-se um profundo silêncio e então uma voz, a do cavalheiro, elevou-se em oração. Ela não pôde deixar de escutar, pois nunca até aquele dia ouvira coisa semelhante. Era tão diferente das orações que havia em seus livros de devoção. Aquele homem, tão reverente, parecia muito feliz enquanto orava. Tudo aquilo a impressionou muito.
A oração terminou e o orador anunciou a leitura de uma passagem da Escritura sobre “o perdão dos pecados”. De todos os assuntos do mundo, era justamente aquele que ela mais desejava ouvir. Viesse o que viesse agora, não se importou no que o seu confessor iria dizer. Podia ele fazer o que quisesse, ela haveria de ouvir aquilo.Dos primeiros dezoito versículos de Hebreus, dez foram lidos. O orador, de uma maneira simples, expôs o ensino, até que tudo ficou claro como água cristalina. O único sacrifício, oferecido uma vez, o perdão livre e pleno concedido àqueles que o pedirem em nome de Jesus – tudo ilustrado com várias outras passagens do Novo Testamento formou o assunto daquela pregação. E tal como o solo ressequido embebe as chuvas de verão, assim aquela pobre alma recebeu a verdade maravilhosa! Nunca, até então, havia escutado semelhante mensagem! O orador terminou e após outra oração a reunião foi concluída.
A senhora Blake sentiu que essa era uma oportunidade única em sua vida. Enchendo-se de coragem dirigiu-se à extremidade do púlpito e perguntou ao pregador de quem eram as palavras lidas. Surpreendido com tal pergunta, ele desceu e foi logo abordado com muitas inquirições que se ofereceu para escrever algumas referências bíblicas, a fim de que ela pudesse estudá-las em casa. Quando soube que aquela senhora não possuía Bíblia, interessou-se sobremaneira por aquele caso.“Eu vou emprestar-lhe a minha Bíblia”, disse ele. “Queira ler as passagens sublinhadas nas páginas que dobrei. Agradeceria muito se me devolvesse o Livro daqui a alguns dias. Ele é a coisa mais preciosa que possuo”.
A senhora Blake agradeceu-lhe muito e foi depressa para casa, cheia de alegria em seu coração, com uma nova luz em seus olhos. Como se sentia diferente! Não era mais aquela criatura que há algumas horas antes dera na direção da Rotunda!
Nos dias seguintes ela se esqueceu de tudo, suas tristezas, seu fardo. Menos do seu tesouro. Leu e releu as passagens indicadas e também muitas outras. A luz brilhou no seu entendimento. O peso de espírito rolou para um túmulo aberto. A paz de Deus encheu seu coração. Afinal chegou o momento de devolver a Bíblia. Mais uma vez estava ela entregue ao seu novo estudo e de tal maneira absorvida nos pensamentos que não percebeu o toque da campainha. Alguém entrou na sala subitamente! Era o confessor! Ele estava ali, diante dela, lhe observando! Ele reparou logo em duas coisas: o seu gesto de embaraço e ao mesmo tempo uma serena placidez no seu olhar, como ele nunca tinha visto. “O que aconteceu?”, perguntou ele. “Eu nunca soube se aquele espetáculo lhe agradou ou não, e, como não a vi no domingo passado, pensei que estava doente”.
Tomada de surpresa pelo inesperado acontecimento, a senhora Blake perdeu o seu autodomínio. Era sua intenção manter esse assunto em segredo, pelos menos durante algum tempo. Mas agora não se conteve, e com a simplicidade de uma criança contou a história toda: o engano do salão, a tentativa de evadir-se, as palavras ouvidas, o Livro emprestado, e no fim de tudo a alegria e a paz que enchia o seu coração.
Ela falava com os olhos postos no chão; porém ao levantá-los, sentiu o espírito gelar-lhe de terror ao ver o olhar do homem que estava à sua frente. Era cheio de raiva. Nunca até então ela havia visto semelhante fúria expressa num semblante. “Dê-me esse livro!”, disse ele rispidamente. “Ele não me pertence!”, exclamou ela tentando em vão detê-lo. “Dê-me!”, foi a resposta; “senão perderá eternamente a sua alma. Esse herege por pouco a lança no inferno. E nunca mais, nem ele nem a senhora, hão de ler este livro”.Agarrando a Bíblia enquanto falava, meteu-a violentamente no bolso, lançando um olhar terrível para a mulher e saiu apressadamente da sala.
Ela sentou-se paralisada. Ouviu a porta fechar-se e lhe pareceu que alguma coisa no seu coração também se fechava, deixando-a aterrorizada. Aquele olhar terrível a perseguia por onde andava. Somente os que nasceram e foram criados na igreja romana conhecem o horror indescritível que a concepção do poder dos sacerdotes pode inspirar. Mas, logo em seguida, ela pôs-se a pensar também no orador que tinha lhe emprestado a Bíblia. O seu endereço estava lá escrito, mas era impossível lembrar-se dele e não sabia para onde escrever. Isto era muito triste!Os dias foram passando lentamente, e o seu visitante, outrora sempre bem-vindo e atualmente tão temido, não voltara mais. Ia renascendo a coragem e por fim passados uns quinze dias ou mais, ela resolveu aventurar-se para fazer uma visita ao padre. Era necessário fazer um enorme esforço para reaver o Livro e restituí-lo ao seu legítimo dono.
O padre, por nome João, vivia a certa distância e a casa dele ficava junto a um convento no qual ele era professor. A senhora Blake dirigiu-se para lá e bateu à porta. Uma freira a atendeu. A freira ficou visivelmente sobressaltada ao ver a senhora Blake. Ao ouvi-la perguntar pelo padre os seus olhos chamejaram por um momento. Imediatamente seu rosto ficou rígido e o seu gesto frio. Disse: “Sim, o senhor padre João está em casa. Ele está no quarto. Não quer entrar e vê-lo?”.
A freira a empurrou até o quarto e assim que a senhora Blake entrou, ela sobressaltou-se! O corpo inerte do padre João estava num caixão! Morto!
Antes que ela voltasse a si do choque, a freira sussurrou nos ouvidos estas palavras: “Ele morreu amaldiçoando-a. A senhora deu-lhe uma Bíblia e ele encarregou-me de lhe dizer que a amaldiçoava; sim, amaldiçoava-a no seu último alento. Agora vá embora!” Antes que ela tivesse tempo de se aperceber do que tinha sucedido, encontrou-se na rua, com a porta fechada atrás de si.
Várias semanas transcorreram. O perfume da primavera passou sobre a terra, despertando folhas e flores à vida e à beleza. Uma tarde estava a senhora Blake ponderando nos acontecimentos dos últimos meses. Alegrou-se mais uma vez pela alegria de estar perdoada. Ela havia comprado uma Bíblia para as suas leituras diárias. Os velhos erros em que havia sido educada tinha-os renegado, um por um. Mas havia em seu coração um certo desgosto que não podia apagar. Como era triste, muito triste, a breve enfermidade do padre e a sua morte repentina! O seu último olhar! As suas últimas palavras! Aquela terrível mensagem!
Por que havia ela de ter sido tão abençoada, levada ao abrigo da paz, cheia de alegria celestial, e ele, sim, porque não teria as mesmas palavras bíblicas produzido igual mensagem a ele? Por que será, pensou ela, que um Deus tão bom, cheio de amor, permitiu isto? Naquele momento a criada fez entrar na sala uma senhora. Aquela senhora estava coberta com um véu espesso. Ela estava irresoluta. Antes que a senhora Blake pudesse falar, a mulher disse: “A senhora não me conhece com esta roupa, mas vai ver daqui a pouco quem sou eu”, disse ela levantando o véu e mostrando o rosto da freira que lhe entregara a mensagem de maldição. A senhora Blake recuou um passo, perguntando a si mesma o que viria ainda a acontecer, mas a sua visitante acalmou os seus temores, e prosseguiu: “Tenho duas coisas a dizer-lhe e vou ser muito breve, pois estou com pressa. Em primeiro lugar peço-lhe que me perdoe a horrível mentira que lhe disse naquele dia. Eu já pedi perdão a Deus. O padre João morreu abençoando-a de todo o seu coração.
No dia anterior ao da sua morte, ele encarregou-me de lhe dizer que ele mesmo também tinha encontrado o perdão por meio daquele Livro e que, através da Eternidade, ele a abençoaria por ter a senhora levado a ele o conhecimento do Salvador. E agora a senhora perdoa-me, sim?” “Pois não! E do fundo do meu coração”, retorquiu a senhora Blake espantada. “Mas porque a senhora disse aquilo?”. “Porque eu a odiava. Eu amava o meu confessor e odiei a senhora por ter-lhe mandado para o inferno, segundo eu cria. Agora ouça: eu senti enorme desejo de ler aquilo que o padre João tinha lido. Depois do funeral não pude resistir a curiosidade de examinar o Livro. Fiquei fascinada e li mais e mais, até que eu também encontrei perdão e paz no meu Salvador. Há várias semanas estudo a Bíblia e agora ela está aqui. Por tudo isto, esta tarde fugi do convento e vou partir para a Inglaterra esta noite, mas senti que devia vir aqui restituir a Bíblia e dizer-lhe que eu também durante toda a minha vida a bendirei por me ter ensinado, através deste Livro, a maneira de encontrar o perdão dos meus pecados. Adeus! Deus a abençoe! Vamos nos encontrar no Céu!”
Uma breve despedida e a mulher saiu para fora da casa, desaparecendo.Afinal de contas, seria tudo um sonho? Agora uma pequena Bíblia achava-se sobre a mesa, diante da senhora Blake. Não, não era um sonho, mas sim, uma gloriosa realidade. Aquele Livro pequeno, sem ter uma voz viva para expor os seus ensinos, naqueles dois casos tirou três almas preciosas das trevas e transportou-as para a Luz.
Há de se imaginar como ficou o dono da Bíblia ao ser-lhe restituída, com esta maravilhosa história! Contudo, o que disse Aquele que enviou a Palavra a desempenhar a sua missão?: “Assim será a minha palavra que sair da minha boca; ela não tornará para mim vazia, antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”, Is 55.11. (J. H. Townsend, A Seara, CPAD).